Sessão de Terapia 2
Dia quatorze de maio, estava ansiosa pelo novo encontro com minha confidente. Parece até ilusório, mas a semana passou mais leve, com as poucas falas que ela proferiu ecoando em minha mente, mudando o rumo das emoções e descentralizando o foco.
A exposição de tantos sentimentos também aliviou, deixando um gostinho de quero mais.
Crenças limitantes
Uma vida de reservas só pode não dar em boa coisa. Reservas que aconteceram por tantos motivos! A forma que aprendi a lidar com as emoções, a reagir e racionalizar o extrapolamento de palavras, atitudes e gestos. Vem de tantos lugares...
Da genética, dos exemplos familiares, da sociedade das décadas de oitenta e noventa, de uma personalidade formada então.
Estava mais tranquila nessa sessão e não diria mais à vontade porque já fiquei na primeira. Tranquilidade maior talvez pelo copo um pouco menos cheio.
Amar como der
A moral da vez foi: existem muitas formas de amar e demonstrar amor. Cada pessoa oferece da forma que pode e devo valorizar aquilo que conseguir.
Isso porque falamos bastante sobre maternidade e cobranças que naturalmente surgem ao longo do difícil exercício de ser mãe, mulher e esposa.
Estava questionando minha maneira prática de amar meu filho. Sempre muito focada em soluções e recursos, não me desgastando com sofrimentos. Estava tomando uma percepção de frieza ou desamor.
Mesmo que ao mesmo tempo com a certeza de que para uma criança com deficiência seja uma forma de amar produtiva e necessária.
E basta.
Não retirando a necessidade de autocrítica saudável e algumas evoluções no aspecto do carinho físico por exemplo, mas com mais leveza, sabendo que a minha natureza já oferece o bastante.
Foi bom ouvir mais uma vez. Foi uma sessão mais leve, sem choros... E já com o sorvete da recompensa recebido antes, parti para casa para mais um banho de descarrego.
Ludmila Barros 🔗@ludmilapb
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