Pular para o conteúdo principal

Vídeo game - Cheiro de infância

Vídeo game - Cheiro de infância 

Do Atari ao Nintendo Wii.

Essa foi minha humilde trajetória. Teriam outros aparelhos modernos para me atualizar, mas me bastou o último para matar uma saudade gostosa de interagir com a infância.

Quem lembra do luxo de ter um vídeo game Atari na década de 80?

Embora uma familia simples, meus pais se esforçavam muito para presentes bem legais em aniversários, dia das crianças e Natais.

Então chegou o grande dia de ganhar um Atari! Uau! Consigo sentir a ansiedade de cada amanhecer quando lembrava que poderia jogar, que o aparelho estava lá na sala me esperando. E quando ganhava um novo jogo então? Empolgação renovada para superar as fases e acumular pontos.

Vídeo game antigo, marca Atari, com manete e cabos.

Não me lembro de nomes oficiais, mas lembro de jogos como come come, laçar burrinho, corridas de carro, atirar em missões espaciais e náuticas, jogos de tênis, futebol... Como era bom! E o sabor da tecnologia era especial, pois era uma novidade tão diferente! 

Na verdade entendo que as conquistas naquela época tinham sabor de vitória e merecimento diferente do que acontece hoje, com o limite do excesso entregue às crianças. Pelas conversas com amigos dá pra perceber que não precisava ser pobre de marré para que uma boneca ou um carrinho fossem os presentes usados por toda a infância com tanto gosto. Usados como algo realmente especial.

O vídeo game então chegou com tecnologia (o primeiro em 1972 pela consulta Google), algo quase impensável na minha época quando talvez o encanto pela TV em cores ainda fosse presente.

Instalou em muitos, certamente, um encanto para o resto da vida, como vemos hoje no gigantesco mercado dos games que laça todas as idades. Segundo o site Forbes, essa indústria movimentou quase US$176 bilhões em 2021 com vistas de ultrapassar US$200 bi em 2022. Com aparelhos e jogos super modernos que nem imagino quantos comandos existam em cada um, são muitos os gamers dedicados.

Jogo de batalha naval, vídeo game Atari.

Jogar vídeo game ativa o lúdico, inteligência, perspicácia, agilidade e raciocínio. Claro que o controle de tempo dedicado cabe a cada um, para que não se torne um problema, assim como tudo que é exagero.

Revivendo um amor


Já adulta e casada, lá pelos 25 anos, quis matar a saudade dos jogos e consegui de segunda mão um Nintendo Wii com ajuda de um amigo daqueles que gosta muito (bastante) desse universo. Daqueles que tem paixão e coleção de aparelhos, jogos e itens diversos do mundo de games e eletrônicos.

Como foi bom reencontrar e reviver o gosto de jogar! Mesmo que não tenha se tornado parte da minha rotina, o fato de tê-lo ali à disposição já é bom. Presença física nostálgica de coisas boas. Um lembrete no dia a dia: seja criança!

Junto com o aparelho ganhei vários jogos e cargas d'água o Donk Kong Returns foi o primeiro que testei e foi paixão imediata. Tempos depois confessei meu apego ao mesmo amigo, que me trouxe conforto sem saber ao dizer que é dos jogos mais difíceis. Estava eu achando que tinha um gosto demasiadamente infantil, mas me senti mais adulta com a opinião recebida. Como se fizesse diferença... eu hein?!?

Vou ali procurar pilhas para alimentar meu controle, ligar meu console e rodar um novo jogo: Donk Kong Returns. 

Ludmila Barros - 🔗@ludmilapb

Comentários

Márcia Margalhães disse…
Nem me fale em vídeogame!
Meu primeiro foi o Odyssey que não deve ser da sua época! Kkkk
Sempre quis muito um Nintendo ( meu irmão mais do eu na verdade), meu pai sempre negava dizendo que era muito caro, até que um dia trouxe da Argentina um Nintendo genérico e foi a maior alegria! Jogávamos madrugadas para virar os mortal combat da vida RS
Hoje as coisas estão mais fáceis e meu marido acabou de comprar um Xbox de última geração em 12 x ...eu que aguente agora !!! Rs
Ludmila Barros disse…
Amei kkkkk! Só traz lembrança boa né? Muito bom! Marido... atenção hein!!! 😅

Postagens mais visitadas deste blog

Muito prazer!

Muito prazer! Olá! Como vai? Esse é um blog pessoal , cheio de sinceridade. Verá aqui minhas reflexões sobre tudo que amo ou não. Nada de bandeiras ou doutrinar pessoas. Mãe de filho com deficiência e esposa em construção.  Amo escrever e aqui é meu cantinho para praticar. Um blog para quem ama café , escrita , leitura , ar livre, animais, outras coisas e refletir um cadinho. Sou Ludmila Barros, já passei dos quarenta, moro em Belo Horizonte/MG, meu filho  pré adolescente tem um irmão canino chamado Álvin.  Sou casada há mais de vinte anos, pasmem, com o mesmo marido. Caçula de três irmãos, nascida e criada em Ipatinga/MG, onde morei até meus trinta e três anos. Uma infância simples, sem faltas.  O sustento da familia sempre foi de um bar que funcionou por muito trabalho dos meus pais . Bar que me ensinou muito. Gostos Apaixonada por café mas não viciada. Se pudesse teria um sítio só para ter quantos animais quisesse.  Não consigo ler mais de um liv...

Mãe guerreira

 Mãe guerreira "Nossa Ludmila, vocé é uma mãe guerreira , viu?" Uma vizinha querida me disse essa frase enquanto aguardávamos o elevador.  Não foi a primeira vez que ouvi isso nos últimos onze anos, mas dessa vez parece que prestei mais atenção e percebi algo diferente. Já mencionei sobre essa expressão em alguns posts no Instagram, levantando a questão de frases feitas que podem  romantizar situações ou simplesmente serem termos que de nada valem. Não que me incomode ser chamada assim, longe disso. Geralmente percebo empatia  genuína pelo locutor.  Na verdade também tenho um pouco de ranço de regras demais em torno do que se pode falar hoje em dia. Até onde tem respeito , meus ouvidos e meu coração não se incomodam. Sobre romantizar Mas pra quem está aqui nessa  leitura , sobre romantizar, que também me parece verbo da moda, soa como camuflar um mundo que não é encantado.  Dizer que a mãe de uma criança com deficiência  é guerreira, é especial,...

Ser mulher - Desabafo

Ser mulher - Desabafo Deus me perdoe, mas ser mulher é difícil pra cara-ca. Falarei por mim, na primeira pessoa, para que não invada os achados da cabeça de ninguém e também pensando no universo do relacionamento amoroso, mas cabe em diversos cenários. Saber da beleza de ser mulher é lindo. Manter o ritmo de ser mulher é que parece não ser fácil.  Quero falar das partes chatas mesmo, como desabafo. Saiba que conheço e valorizo o belo no feminino. Começo pelo desgastante lidar com assédios desde a infância. O sexo oposto é implacável em seus desejos até mesmo com crianças. E não é só com aqueles que assediam própria e pontual ou doentemente.  Por ser mulher sempre tive que ter pudores, cuidados e pisar em ovos para que não sugerisse algo a mais. E pior, mesmo com toda essa merda de precaução ainda sofri diversos momentos constrangedores. Amizades, ponto de ônibus, trabalho... todo lugar é lugar pra isso. Só aqui já bastaria, mas não, tem muito mais. Em seguida me vem à mente a...