Sessão de terapia 5
Pratiquei a tarefa de atenção plena a cada dia que passou, por cinco minutos, focando em cada detalhe de momentos variados: banho no filho, arrumando a casa, lavando louça. Incrível perceber o quanto a mente está agitada.
Esse exercício realça o quanto é possível evoluir, ter mente mais calma, aumentar equilíbrio emocional e valorizar mínimas coisas.
Conquistas de coisas que talvez já foram minhas com mais autoridade e que ao longo do tempo achei que ainda as tinha, mas era ilusão. A mente anda agitada demais, orações quase nunca são concluídas. O emocional antes leve e paciente, hoje cheio de razões e conclusões exigentes de mim e do outro.
A gratidão antes tão celular, hoje superficial.
A atenção plena tem por fim esse objetivo de voltar a estado de neutralidade, marco zero para recomeçar.
O objetivo agora é fazer duas vezes ao dia, os mesmos cinco minutos. Vamos ampliando.
Sempre tem assunto!
Um episódio de véspera serviu como assunto para quase toda a hora papeada. Um clássico! Um belo exemplar de vários e vários episódios da minha vida. Fomos ao relato do fato, passamos pelas reações exageradas, fizemos a curva nas origens da personalidade e estacionamos onde é possível reverter padrões.
Expectativa x frustração. Nasci com características impróprias para lidar com isso. Não bastasse nascer, mas crescer também recebendo orientações e modelos incompatíveis com a dura realidade de que coisas são planejadas e essas mesmas coisas não acontecem como planejado.
O resultado é uma mulher, mãe e esposa exigente consigo mesma e com os outros, usando sua grande e positiva energia para desejar além da medida e decepcionar além da conta com os imprevistos. No meio dessas palavras você encontra um fruto: ansiedade. Entre outros tantos frutos azedos como um limão.
Quanto maior a expectativa, maior a frustração. Isso quando as medidas emocionais estão desreguladas. Muita fome, muito desejo... Se te oferecem um banquete e retiram os talheres no momento da bocada, como fica? Ninguém mandou querer tanto. Ninguém mandou não evitar a retirada dos talheres.
Muito exercício pela frente. Muita vigília para interromper ciclos, para evitar gatilhos já tão conhecidos e negligenciados na mesma proporção.
Alerta de perigo!
A mente gosta de repetição. Que perigo! Seja coisa boa ou ruim, ela não avalia e descarta o que não presta. Não. Ela só gosta que seja repetitivo. Podemos então, sem realmente querer ou perceber, gostar de ciclos que só fazem mal.
Uma grande incapacidade de mudar o rumo de momentos simples que causam mal estar, se instala. Você vê e percebe que um gatilho vai acontecer de novo, mas não se mexe pra evitá-lo ou detê-lo. A mente está presa em padrões. Refém sem sequestrador.
Frustrações
Moral da vez: Quanto erro em esperar do outro! Se na verdade o esperar é projetar. Projetar tudo que você acha como deve ser, quando deve acontecer ou como fazer. A frustração é certeira. Se você tem a sorte de esperar de alguém que é muito disposto a mudar, maravilha! Caso não seja essa a realidade... não espere!
Não perca tempo e energia. No universo de pessoas, como saber se elas estão sendo indiferentes ou simplesmente sendo elas mesmas? No universo das coisas e situações diversas, o controle das respostas é menor ainda.
Buscar estado de neutralidade é marco zero para mudanças de comportamento. Ativar o alerta para mudar ciclos, evitando gatilhos que criam expectativas e os que criam frustrações. São segundos em que essas reações acontecem e podem perdurar por dias de desequlíbrio. Vamos evitar!
Fiquei animada como nas outras sessões, como ficava ao saber que ganharia um presente desejado no próximo Natal. Desejo mudanças. Elas virão. E tem sido bom saber que o caminho é mais palpável do que parecia ser.
Até a próxima!
Ludmila Barros - 🔗@ludmilapb
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