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Eu não gosto, mas eu amo

Eu não gosto, mas eu amo

Pôr do sol e mãos estendidas, Jesus
Nessa semana ouvi uma mensagem do padre Emerson Anizi que reacendeu questões importantes pra mim.

Reconhecer Jesus em qualquer situação, boa ou difícil. E dentro disso ele mencionou que gostar é diferente de amar.

Não é porque não gosto, que não amo. Posso não gostar, mas amo

É o tipo de reflexão que dá aquela mexida, faz aprumar os pensamentos, assim como uma bela sessão de terapia.

E vale para tudo! Claro, Jesus e seus ensinamentos não podem ser menos do que onipotentes.

Trabalho, familia, amigos, situações. Podemos sempre pensar: posso não gostar, mas amo.

Lembre-se de onde veio.

Eu disse no início que reacendeu porque realmente é uma linha de pensamento que tenho comigo, muito pela minha mãe que tem isso nato, principalmente sobre trabalho.

Ela é um belo exemplo e me ensinou a amar trabalhar. Amar poder me sustentar. Amar ter saúde para poder trabalhar. Amar qualquer fonte de renda como benção, absolutamente qualquer que seja. Amar valorizar o sustento.

A humildade está juntinho nisso né? E como sempre sinto, é o ensinamento mais lindo de Jesus (e difícil).

Acho que posso afirmar que nunca trabalhei com o que gostasse, mas amar trabalhar nunca me deixou fardos nos ombros. Sempre senti prazer de verdade por onde passei.

Tive a sorte de ser marinada no azeite vigoroso de minha mãe sobre isso, mas há quem receba exatamente o oposto ao longo da vida na criação. Aí pode complicar quando as responsabilidades aparecem.

Mesmo necessitando de sustento próprio, reclamar e reclamar sempre (salário injusto, gerência insuportável, injustiças, clientes chatos, longe de casa e por aí vai). Dar as costas constantemente para oportunidades, afinal sou bom demais para isso. Uma insatisfação sem fim. Aquele vazio que nunca se preenche. 

Olha só, trabalhei por CLT por quinze anos. Sei bem como não é fácil. Mas sei mais ainda que se não houver amor, nada se sustenta ou se suporta. Podemos não gostar, mas amamos.

E nas relações? Ah! Qual mãe gosta de ser enfermeira do filho? Ou ficar dias e dias rondando um leito de hospital do filho? Nenhuma. Mas elas fazem porque amam. E se saem bem porque tem amor ali.

Quem gosta dos defeitos do parceiro, das inúmeras dificuldades da vida a dois? Ninguém, mas por amor, saem lá na frente.

Familiares ou parentes? Amigos? Superamos tantas diferenças que já nem nos damos conta no final. Por amor.

Distanciar dessa narrativa faz entrar em outra: do descarte. Não é fácil, não é do jeito que aprovo? Então saio fora, elimino. Sejam pessoas ou trabalhos.

É uma visão de vida ou uma incompetência das mais variadas capacidades emocionais? É uma narrativa libertadora ou uma fraqueza humana generalizada que já não lembra do verdadeiro amor?

Aquele amor que tudo suporta.

Fiquemos de olho sempre queridos!

Caso queira assistir, tem o vídeo no Youtube do padre Emerson Anizi aqui.

Ludmila Barros - 🔗@ludmilapb

Comentários

Anônimo disse…
👏👏👏👏👏

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