Tristeza x felicidade
Estar triste é tão ruim. Conhecer a felicidade faz isso.
Daquela tristeza profunda, paralisante.
Quando já se sabe como sair dela e mesmo assim não consegue, vem a culpa. Acho que isso, a culpa, é o que mais acaba comigo em períodos tristes. Corrói.
Há sempre motivos para sentir alegria. Desde respirar e todo o resto.
Estar triste não é ingratidão.
Aprendi isso. Viva a terapia.
Mesmo assim, mesmo já aprendido, não consigo evitar. Só amenizar, às vezes.
Talvez agora esteja com motivos mais profundos. Acho que é isso.
Ter motivos para ser feliz não exclui a infelicidade. Não.
E tudo bem.
Não sou uma má cristã por estar infeliz. Viu cérebro?
As lutas alheias também contribuem para essa culpa dita antes.
O tal do olhar em volta e ver as dificuldades superadas dos outros que ainda sorriem. Isso pode ser benção ou destruição.
Não se trata de ser feliz, mas de aprender a lidar com as tristezas. Posso estar triste ou ter motivos para isso e viver bem.
Mas não é o caso hoje.
São vagões demais nos trilhos. Cada um com seu assunto e amarrados por finas correntes.
Estou lá na frente, na locomotiva, escolhendo se uso os freios, se acelero, se vou pra direita ou esquerda. Descarrilar um deles não resolve.
O certo mesmo é colocar no piloto automático e me dispor a caminhar por todos eles.
Sentar em cada um, olhar bem olhado e conversar. Só assim meu cérebro se dará por satisfeito.
Ludmila Barros - 🔗@ludmilapb
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