Mãe por perto
Minha mãe chega e preenche meu ser e o ar com prontidão.
Faz dissipar preguiça, procrastinação e lamúrias que possam existir.
Além de ser minha mãe, o que quer dizer tudo de onde vim, é também um ser humano admirável.
Seu vigor é nato pelo provento e pelo trabalho. Vindo de onde veio, das dificuldades como dividir um ovo com os irmãos e usar folhas de pão como caderno, é uma vencedora.
Vencedora não por riquezas financeiras acumuladas, mas pela forma admirável que passa pela vida e por cada luta, sempre com fé em Deus e no esforço próprio.
Ela me faz sentir vergonha e me mexer na cadeira. Como quando você está na sua grande zona de conforto, esparramada na cadeira de trabalho e chega alguém com autoridade em energia.
Uma bela mulher de Provérbios, que tanto admiro e tento ser com pernas bambas e mais erros que acertos.
Aliás, sobre esse assunto, mulher de Provérbios, super recomendo o conteúdo de minha amiga e psicóloga Aline Rodrigues.
Uma mulher que por fim perdeu seu único e grande amor após cinquenta anos de total cumplicidade e mais uma vez se torna espelho pela gratidão, força e foco no que importa.
Não que não caia, à sua maneira. Não também que não tenha defeitos. Aliás, como é importante sabê-los e vigiá-los em mim! Mas de novo, é louvável não só como esposa que foi, mas pela maneira que deixou de ser.
Ela vem, sopra seu perfume de determinação em mim e pela casa. Faz revigorar a melhor parte do amor, aponta possibilidades, traduz coisas do idioma complicado para o simples, tornando o que era pesado, leve.
E vai embora logo.
Porque não pode incomodar.
E me deixa aqui, tentando sê-la.
Ludmila Barros 🔗 @ludmilapb
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